O microcosmo das raves psicodelicas

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O título deste post é o mesmo de um texto escrito pela Ana Flávia Nogueira Nascimento e que me serviu de base para a realização do meu TCC.

Abaixo segue uma cópia dos primeiros parágrafos do material e o link para o download completo.

Nas últimas décadas do século XX um novo movimento musical conhecido como “Trance Global Psychedelic Culture” espalhou-se pelo mundo através de uma união “mística” entre a música, a dança, a natureza, e as substâncias psicodélicas. Foi em meados de 1993 que o estilo musical alternativo conhecido como trance encontrou a psicodelia no balneário alternativo de Goa, na Índia, que desde os anos 60 é a “Meca” de hippies, viajantes e freaks. Com sua natureza paradisíaca, fartura de LSD e Haxixe, misticismo hindu e tradição hippie-psicodélica, o local tornou-se um grande atrativo para a cultura das raves que surgia principalmente na Alemanha e Inglaterra em um período histórico de transições. Dessa mistura característica da era planetária, uma união entre as mais novas tecnologias, e os mais antigos conhecimentos ancestrais acerca da música deu nascimento ao Psychedelic Trance — Transe Psicodélico — que desde então vem ultrapassando todas as fronteiras até se tornar no século XXI um fenômeno global.

O movimento global do transe psicodélico está associado ao uso de “psicodélicos”, substâncias que tem como características fisicoquímicas a baixa toxicidade e a dose mínima necessária é baixíssima, quase não produzem efeito fisiológico, exceto uma certa midríase (aumento da pupila) e taquicardia. A natureza fundamental de seu efeito é psíquica, esfera que sofre uma ação impactante dessas substâncias, que são basicamente as seguintes: a cannabis, o LSD, a mescalina, a psilocibina (cogumelos mágicos), a DMT, a ayahuasca e também as anfetaminas psicodélicas, como o Ecstasy (MDMA), das quais existem ao menos algumas centenas de análogas. No entanto, nas festas e festivais de transe psicodélico tenho observado também o uso de substâncias excitantes, como cocaína e ketamina, e também de inebriantes como o álcool e inalantes como o lança-perfume.

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