No próximo mês eu com o meu Projeto Nirvana e a Carol com o Wakanda estaremos de malas arrumadas e com destino a São Paulo, mais especificamente o Vale do Ribeira, iremos sair um pouco da nossa zona de conforto para respirar novos ares, conhecer um pouco mais o trabalho de outros núcleos e principalmente vivenciar novas experiências.
Entre os dias 21 e 23 de Junho acontece a primeira edição do Safari — Substrance Festival, festival organizado pela crew local Safari a qual possui uma ideologia bastante parecida com a nossa e que nos chamou bastante pelo line up com vários artistas daqui da nossa região e, principalmente, por abrir uma noite inteira dedicada as bruxas.
A curiosidade pelo evento foi tanta que bati um rápido papo com Micael Mendes, um dos responsáveis pelo núcleo e que você confere abaixo.
Nos conte um pouco da história da Safari Crew.
Em 2017 surge a primeira edição de uma PVT que recebe a nomenclatura “Safari”, organizada entre amigos, com um público restrito e selecionado. O evento contava com apenas dois projetos na estrutura de seu Line Up: HayuMa (Atual Projeto AKA Bioxy) e Pira Visuais (Atual Projeto AKA Meoxe). Ao emergir a ideia de uma segunda edição, a Festa tomou proporções inesperadas, contando desta vez com 17 projetos e uma extensão de dois dias, assim sendo, era mister a estruturação de uma crew, aos poucos e durante o propelir do projeto, lapidou-se a Safari Crew.
E é com orgulho, em 2019, logo a após a sua segunda edição, a Safari Crew — Arte e Cultura apresenta seu primeiro festival:
Safari — Substrance Festival; apesar de já termos organizado festas com causalidade final em um publico composto exclusivamente por amigos e PVTs, estamos com projetos já em andamento, com o âmbito de acolher a todos.
Quais eram os objetivos quando surgiu a ideia de criar o núcleo e agora?
A Safari foi um presente da existência e do universo, pois não foi algo planejado, quando vimos, tudo estava acontecendo e, acontecendo perfeitamente. Então não houve um objetivo primário apenas queríamos movimentar a cena Psychedelic e o movimento underground em nossa região. Agora com a Crew já estrutura costumas dizer que o foco é a natureza, a arte e e a cultura.
Já faz algum tempo que não vou em festas ai no estado de SP. Já estive em festas comerciais com a Tribe, XXX; festas mais alternativas como Magic Paradise e Free Vision e até as que ficam no “meio termo” como a Respect. Como você vê atualmente o cenário local e qual a posição da Substrance neste cenário?
Para mim a vigência da cena Psychedelic no estado e na região é bem variante, não gosto de falar da cena em relação ao estado como todo, já que a inúmeros núcleos, propostas e ideias. Acredito que tenho mais condições de falar da cena em minha região — Vale do Ribeira onde a cena é escassa, temos poucos núcleos.
Sem dúvida referencia em festas aqui no Vale é a Respect, fora ela, não há festivais, somente PVTs, fico feliz com os comentários que tenho ouvido e lido ultimamente, tais como “Safari Crew”, pioneira em festival underground na região.”
São Paulo é um estado onde a perseguição contra eventos trance é bastante comum, onde vemos com frequência festas sendo embargadas e canceladas. Como vocês veem estas decisões e como contorna-las?
Tais decisões não dependem de fatores externos, mas sim, internos, se a crew fizer tudo nos parâmetros da lei, com planejamento e estrutura, tudo flui
Atualmente vemos festas com lines 100% com artistas homens, na próxima edição da Substrance, que acontece no final de semana do dia 21/07, vocês decidiram abrir uma noite exclusiva para artistas mulheres — a noite das bruxas. Como o núcleo vê este espaço?
A Noite da Bruxas é para enaltecer o gênero feminino e as mulheres como condutoras da boa música, teremos LIVEs e DJs Sets femininos nesta noite e creio que seja uma conquista para as mulheres e também para a Crew, já que não é somente a primeira a fazer isso na região, mas a única.
Inclusive, estamos estudando um evento futuro com o line inteiramente feminino.
Esta será a terceira edição da festa, nestas edições podemos notar a ausência de um megaultrahipersuper headliner. Vocês acham que a presença de um artista deste nível favorece a festa ou é investimento desnecessário?
Eu particularmente vejo que temos Headlines, mas Headlines regionais, um exemplo é o Equilíbrio LIVE, quem em nossa região não o conhece, o cara é um talento descomunal; mas eu por hora não vejo a necessidades de projetos famosos, nosso foco são projetos novos e undergrounds.
O que o público pode esperar da próxima edição?
O público poderá contar com qualidade em todos os aspectos, cultural, sonora, entretenimento e a cima de tudo estrutura, um festival é mais que uma festa extendida, deve haver qualidade e conforto para os que frequentam o evento !!