Conheça #09 — Adhara

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Suelyn Infante é a mente e os olhos por trás do projeto Adhara que em agosto comemora um ano de clicks, amor e dedicação a uma arte cada vez mais necessária.

Digo necessária pois depois que o som é desligado serão as fotos e os videos feitos pelos fotógrafos ou até mesmo pelo público que irão contar a história de determinado evento ou apresentação e, finalmente, núcleos e artistas estão cada vez mais notando esta importância.

A nossa cultura trance, vai muito mais além do que a música e é graças a fotografia que podemos viajar e conhecer novos eventos. Quem nunca se sentiu dentro de um festival na Europa com as fotos mágicas do Murilo Ganesh?

A imagem seja ela em fotografia ou vídeo possui uma importância muito forte para a história de um evento, pessoa ou cultura e é justamente saber contar essa história o papel da fotógrafa(o).

Mas quem são essas pessoas que muitas vezes são as primeiras a chegar e as últimas a saírem das festas, quem são as pessoas que andam para cima e para baixo prestando atenção em cada detalhe, sorriso, em cada troca de olhar?

Hoje iremos conhecer um pouco mais de uma destas pessoas!

Adhara, de onde vem o nome?

Desde pequena gostei do nome Adhara, mesmo sem saber o que era e sempre falei que seria nome da minha filha. Ate que me vi procurando um nome para meu projeto, e por que não Adhara?

Que é o nome de uma estrela da constelação Cão Maior, é a segunda maior estrela dessa constelação.

Então, Adhara minha estrela guia 💛

Por que fotografia?
Minha vida sempre foi cheia de caos, desde que me entendo por gente. Quando a fotografia chegou na minha vida eu estava passando por um dos momentos mais difíceis e ali foi onde eu senti esperança. Essa esperança me trouxe até aqui hoje. Sempre fui muito teimosa, sempre bati o pé para ser livre, e a fotografia me trouxe minhas asas e meu coração junto com ela.

Como começou o seu interesse pelo movimento alternativo?
Acredito que a partir do momento que comecei a me sentir sufocada em todos os lugares que frequentava, baladas etc. Foi aí que comecei a procurar pela minha liberdade e encontrei o trance 💛

Quais são as três coisas mais importantes que as pessoas devem saber sobre a sua arte?
Primeiramente, a “Adhara” é um reflexo do que é a Suelyn.
Segundo, a “Adhara” salvou minha vida literalmente.
Terceiro, não existe nada no mundo que eu ame mais do que fotografar, e que eu sempre vou dar o meu melhor para tudo que envolva isso.

Neste pouco tempo como fotografa existe alguma fotografia preferida?Olha, na verdade é ate meio engraçado, por que a fotografia é do meu primeiro evento realmente fazendo parte do coletivo, então eu estava me cobrando muito, a câmera que estava utilizando não era minha e eu nunca tinha utilizado ela antes, então eu fiquei muito nervosa! E ainda era meu aniversário. Foi na Psycodélicos.

Essa foto da ‘pirofagia’ foi quando todos os fotógrafos do evento estavam ali, e eu não sabia o que fazer, todos eles fotografando e se movimentando e eu achei um lugar bem no centro e sentei no chão. Ali tirei quase todas as fotos daquele momento, eu estava emocionada demais por tudo aquilo. Então ficou como minha foto preferida emocionalmente.

E fotógrafo? Em quem você se inspirou para ingressar nessa área?
O primeiro fotógrafo que conheci foi o Brasílio Wille, eu sempre fui apaixonada pelo trabalho dele, e em como ele trabalha com a luz e o corpo das pessoas. Mas conforme fui conhecendo o trance, e a fotografia dentro dessa cena, fui conhecendo ótimos fotógrafos que me serviram de inspiração para chegar aqui hoje. Inclusive alguns são meus amigos hoje, e nossa, como é bom isso!

Dentre tantas festas e festivais, qual até o momento, você considera o mais marcante pra tua evolução como fotógrafa?
Olha não tem como eu falar de um só, por que assim, a Psycodélicos foi a primeira festa e o Douglas o primeiro a me dar um voto de confiança sem ao menos me conhecer. Eu agarrei aquela oportunidade com todas as minhas forças. Então se não fosse ele, talvez hoje a “Adhara” nem existiria.

O segundo evento que marcou muito foi a Dark City em Janeiro, ali foi um divisor de águas total, ali eu senti realmente que era possível, senti que minha vida iria mudar depois dali, e foi o que aconteceu, muitas portas se abriram, muita gente elogiou, e eu tive a certeza que estava no caminho certo. Me senti segura de verdade.

Quais são as dificuldades que você encontrou e encontra atualmente neste mercado?
Sinceramente, acredito que a valorização do trabalho. Porque para você produzir um material bom, você tem que investir. Precisamos trabalhar com total qualidade e as pessoas infelizmente não sabem valorizar isso da forma correta.

Já vi algumas pessoas fazerem pouco caso de vários fotógrafos, utilizarem fotos sem os devidos créditos e enfim, aquela famosa falta de consideração.

Alguma dica para quem esta começando ou pensando em fotografar as festas?
Se for por amor você esta no caminho certo, jamais desista, por que está longe de ser fácil. Porém não existe dinheiro no mundo que pague a satisfação de se fazer o que ama.

E qual o próximo destino?
Então, o próximo destino é o Movimento Cultural Psicodélico! Dia 16, lá em Colombo!

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