Uma das festas mais tradicionais do Paraná está de volta! 

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A Insane teve a sua primeira edição oficial em 2004 e ficou marcada por suas edições realizadas nas areias do litoral paranaense. Em comemoração a esses 20 anos ela retorna dia 19 de Janeiro, novamente nas areias do litoral para uma celebração histórica que promete reunir o público de antigamente com os mais novos.

Para conhecermos um pouco mais deste projeto conversamos um pouco com Edson Pizzatto, um dos responsáveis pela Insane, que nos contou um pouco do início e algumas curiosidades deste projeto que voltará com tudo em 2024.

Como e quando surgiu o conceito do núcleo por trás da Insane?
O conceito da INSANE como evento de música eletrônica surgiu no ano de 2003, quando os atuais organizadores do evento já frequentavam algumas festas voltadas a esta vertente musical. No entanto acreditávamos que faltava alguma coisa. O ambiente da praia juntamente com a necessidade da preserva-la nos inspirou a fazer algo muito melhor, trazendo uma experiência mágica e única aos seus participantes. 

Quais foram os principais desafios na construção e manutenção do núcleo ao longo dos anos?
O nosso maior desafio sempre foi equilibrar a vida pessoal com a realização dos eventos, pois sempre levamos a marca com um viés mais social e menos comercial.

Existe alguma edição que mais marcou?
Acreditamos que todos os eventos foram muito especiais, porém houve duas edições muito marcantes. Uma delas com a apresentação do trio israelense Sesto Sento, uma festa que nos trouxe maior visibilidade para a marca. A segunda edição que muito nos marcou foi a festa em que trouxemos o Dj Alok, o qual, ao lado do seu irmão Bhaskar, se apresentou na INSANE quando tinha apenas 14 anos de idade, sendo considerado atualmente um dos grandes fenômenos mundiais da música eletrônica.

Como foi a decisão de trazer de volta a Insane após quase 15 anos de ausência no cenário de festas eletrônicas?

Quando iniciamos o Projeto INSANE no início dos anos 2000 tínhamos muita vontade, mas nos faltava um pouco de maturidade, assim decidimos encerrar um ciclo. Seguimos com outros projetos em nossas vidas, o que nos trouxe muito aprendizado e com isso a vontade de retornar.

Qual é a inspiração por trás do retorno da Insane ao litoral do Paraná neste momento específico?

Sempre tivemos uma ligação muito forte com a praia e com a importância de sua preservação, nossa inspiração é demonstrar que um evento de música eletrônica pode ser feito na beira mar de uma forma que, além de não agredir a natureza, leve aos seus participantes a conscientização de preservála.


Quais são as principais diferenças entre a Insane quando surgiu e a versão que os frequentadores podem esperar agora?

Acreditamos que o avanço tecnológico será o grande diferencial, com maior qualidade de som, imagem, iluminação e todos os materiais de decoração. Assim como os meios de divulgação da festa, que eram totalmente feitos manualmente e hoje praticamente ocorrem através das mídias sociais. E claro, o maior foco do evento, que é a consciência da preservação ambiental, com a utilização de inúmeras ferramentas que nos ajudarão a expandir essa atitude. Desta forma, entendemos que unindo a tecnologia, música, arte, cultura e educação ambiental, o evento poderá trazer ao seu público atual, não somente um momento de celebração, mas também atender a um viés social e ambiental, que é de grande importância para a atual conjuntura do país.

A cena da música eletrônica evoluiu desde a última vez que a Insane foi realizada. Isso influenciou o conceito da festa de alguma maneira?

A música eletrônica, assim como outros gêneros musicais, está em constante mudança. Nós pretendemos trazer o som que motivou o início do Projeto, com ênfase na pegada “old school”, acompanhando a vertente de artistas que já se apresentaram no evento em edições passadas, assim como Sesto Sento, Alok, Polaris, Gataka, Swarup, entre outros, mas também apresentar algumas vertentes mais atuais seguindo a linha “low BPM”, na busca de agradar vários públicos.

Qual é a importância do local escolhido para sediar a Insane neste retorno ao litoral do Paraná?

Desde o início da ideia do retorno do Projeto Insane tivemos muito apoio por parte da Prefeitura Municipal de Matinhos e outros órgãos locais, assim como de comerciantes de toda região que logo se prontificaram a apoiar o Projeto. O Balneário Albatroz fica em uma ótima localização do Município, possui uma área totalmente adequada para o evento e necessita de incentivo para o Turismo, pois os demais eventos do Município se concentram em outros balneários mais distantes. Assim, todo o comércio da região será beneficiado, mercados, panificadoras, estacionamentos e muitos imóveis de locação que receberão os participantes da festa.

A Insane tem alguma abordagem específica em relação à sustentabilidade ou responsabilidade ambiental nesta edição?
Acreditamos que é o grande foco não só dessa edição, mas de todas que virão. Fechamos várias parcerias no intuito de não prejudicar a área e incentivar a preservação ambiental. A festa será carbono zero, uma de nossas parceiras, a Carbon Zero, empresa que neutraliza carbono emitido por outras empresas através de plantio e replantio de floresta nativa na mata atlântica, fará o plantio de 350 árvores em troca de publicidade no evento, essa quantidade de árvores tem a capacidade de neutralizar quase 60.000 toneladas de Carbono por ano, em 30 anos serão 1.780.000 toneladas de Carbono a menos. Os copos descartáveis serão substituídos por Copos Eco, reutilizáveis, com intuito de produzir menos lixo e incentivar as pessoas a repensarem sua forma de consumo. Também contaremos com coletores locais que trabalharão antes, durante e após o evento e todos os resíduos da festa serão devidamente destinados. 

O que a Insane busca proporcionar aos participantes?
Celebração da música e conscientização ambiental.

O que você considera como o ponto mais alto ou o destaque desta nova versão da Insane?
Como anteriormente abordado, o viés ambiental, a sustentabilidade através da redução da produção de lixo, a reutilização de materiais e reciclagem de todo material descartado. A responsabilidade social através das ações de promoção à preservação como o Projeto Carbono Zero, palestras ministradas por estudantes da UFPR e também no auxílio da comunidade local como a doação dos alimentos arrecadados à população local. 

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