“Festival não é rave. Festival é natural”

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Já tentaram explicar para alguém como é um festival de música eletrônica, e a sensação de vivenciar um?

Esses dias me peguei pensando em tudo o que já vivi nesses quase 12 anos de cena eletrônica. Já vi festas nascerem, crescerem e até mesmo morrerem, já bati boca com organizadores e tive meu nome incluso na lista negra destas festas, já levei calote de alguns e me tornei amigo de outros.

Nestes dois últimos anos resolvi sair um pouco deste meio, precisava de um tempo para o corpo, cabeça e para o espírito, mas confesso que esta magia que envolve o mundo dos festivais nunca saiu daqui de dentro.

Meu último Universo Paralello foi o #12, em 2012/2013, e após quatro edições seguidas senti o tanto que o festival, assim como eu, havia mudado. O festival cresceu e se tornou ainda mais referência desde a minha primeira descoberta em 2008. No começo de 2013, quando o som foi desligado me senti diferente, não estava mais tão empolgado como nos anos anteriores, não enxergava mais aquela energia que antes existiam no main floor e no chill out.

No final deste ano teremos mais uma edição do Universo Paralello, “da UP” para os não íntimos, a vontade de estar lá ainda não é tão grande, mas sei que nos próximos anos estarei. Por isso peço um favor para todos os que irão nesta edição, novatos ou não: assistam os vídeos abaixo e cuidem muito bem do UP, não deixem que o transformem em uma rave. Se entreguem ao festival como se fosse o último de suas vidas e, quando digo se entregar não é se drogar loucamente. Sinta, conviva, largue o celular na barraca, leve um caderno e caneta para a pista. Se pinte de urucum, passeie pela feirinha, ande pelado pela pista e, acima de tudo, respeite-se.

P.S: está autorizado a jogar a latinha de cerveja em quem subir na caixa.

https://www.youtube.com/watch?v=r98yVvLYNQk

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