Conheça #07 — Atary

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Atary! Aos mais antigos logo remetemos esse nome a nostalgia, ao primeiro video game de muitos e a clássicos como Enduro e River Raid.

Nas pistas do Paraná o nome remete a novidade, psicodelia muito full on groove. O projeto idealizado por Jonatan Damião e Charles Lima aka Merkkurio vem se destacando cada vez mais pelas festas realizadas em Curitiba e Região e é justamente com este duo que será o nosso bate papo de hoje.

Contem-nos um pouco do inicio de tudo. Como a música entrou na vida de vocês e como cada um decidiu começar a tocar?
O trance apareceu em uma Tribaltech, se não me engano em 2011

Achei aquilo mágico um som que não conhecia uma sensação doida e única aquilo pra mim virou um desejo e um sonho diferente de tudo que já tinha sentido na vida ali começava meu amor pelo psytrance Sem conhecer muito ainda na época comecei a pesquisar muita coisa.

Comecei ouvindo progressive trance como Zen mechanics Líquid Soul e artistas neste porte.

E o Atary, como surgiu?
Então na época já estava envolvido com o Psicodelia.org, um núcleo bem conhecido que me abriu as portas e me deixou fazer parte um pouco do que rolava pelos bastidores e do site.

Ficava responsável pelas vendas e logística de público para o evento na época o warmup psicodelia. Um dia, o Charles apareceu e falei sobre minha vontade de tocar etc, ele foi me ensinando algumas coisas que ele sabia pela sua formação na AIMEC e logo depois conheci o full on groove uma linha mais groove e mais dançante do psytrance.

Me apaixonei! O Charles já conhecia e foi me mostrando as novidades que rolavam os DJs e acabamos nos identificando ainda mais pelo gosto musical, ai resolvemos criar o ATARY

O nome ATARY foi meio que por acaso estávamos em casa e começamos a falar de vídeo game do nada eu falei pera ATARY seria muito legal pro nome do nosso projeto o que acha? O Charles apoiou a ideia e ai surgiu o ATARY meio que por brincadeira e que agora está se tornando cada vez mais sério.

Quais são as referências de cada um?
A principal referência veio com uns israelenses chamados OUTSIDERS um projeto muito bacana que comecei a seguir e tive oportunidade de vê-los ao vivo em uma edição da Progressive. Além deles temos também como inspiração Alpha Portal, Tristan, Laughing Buddha, Avalon, Ital, Labirinto e Burn in noise

Definam os sets do Atary?
Bom nos SETs do ATARY sempre buscamos trazer o groove e a linha psicodélica bem elaborada, uma levada dançante e pegada ao mesmo tempo. Tentamos passar a dança, a felicidade e a alegria deste mundo psicodélico.

Tentamos trazer a arte como um todo. A dança a sensação de bem estar e o prazer de uma música altamente psicodélica com mixagens harmônicas e grovees pesados!

Acho linda aquela pista que não só pula mais aquela que também dança.

Quase um ano de parceria existe alguma festa que mais marcou vocês positivamente?
Toda festa marca um pouco e cada festa um aprendizado diferente.

A pista que me marcou muito foi a do Psicodelia 10 Anos que sinceramente não esperava que poderia rolar diante de tantos bons nomes que tínhamos na cena. Era um desejo tocar na festa do núcleo que abriu as portas para mim.

A Alien, em Castro, foi a primeira vez que levamos nosso som para fora de Curitiba foi uma experiência bem legal.

Teve também a nossa primeira pista, que foi no Aoca Bar, em uma Sexta feira trance e esta última no Ying Yang Festival, no Vale Encantado, chamamos o sol e a galera pra dançar ficamos bem satisfeitos com o resultado de pesquisas e trabalho em cima do projeto ATARY. Foram todas pistas inesquecíveis

Em meio a vários projetos existentes e tantos outros que ainda irão surgir, como se destacar neste cenário?
Bom eu e o Charles pesquisamos muito, corremos atrás de tracks em todo lugar, eu acho que o DJ Set ele tem que trazer algo diferente dos outros. Uma track diferente que ninguém nunca ouviu ou algo do gênero uma mixagem com melodia e elementos sincronizados. Mas isso só é possível se treinar e aprender com os mais velhos assim como nos aprendemos com Dj Titicow, JAM, Taurum e até mesmo com o projeto solo do Charles, o Merkkurio. Um ensina ao outro coisas novas e que tentamos levar pra cada pista.

A Psicodelia atual está na mesmice?
Lógico que não. Eu acho que a cena está crescendo estamos em uma grande evolução. Hoje em dia muita molecada começando já pensando em trazer algo novo temos vários exemplos disso tanto os produtores e os DJs. Tudo é pesquisa, tudo é vontade de fazer acontecer.

Todos tem seu espaço não importa a festa o que importa é correr atrás, trazer e fazer algo novo.

Como vocês enxergam a cena local atualmente?
Em Curitiba a cena cresce a cada dia com núcleos diferentes e tentando se adequar a sua forma e contribuir para uma cena melhor.

Temos várias festas acontecendo aqui em Curitiba, vários núcleos tentando trazer coisas diferentes. Até a Progressive está inovando, vejo a cena aqui muito forte e a galera tem gostado e frequentado muito as festas.

O trance é pra todos!

Quais os próximos passos para o projeto?
Eu e o Charles estamos trabalhando e aprendendo ser pacientes estamos deixando as coisas fluirem da maneira que deve ser. A meta por enquanto é tocar na PROGRESSIVE e no TERRA AZUL, seria um sonho realizado por terem muito prestígio em nossa cena.

Estamos conquistando nosso espaço e acredito que estamos trabalhando de maneira certa para que isso aconteça. Um passo de cada vez, mas estamos ansiosos pela Progressive sempre foi um sonho estar naquele palco, vi meus maiores ídolos passarem ali.

Seria bem bacana ter esta experiência em nosso currículo com o ATARY.

Mas vamos trabalhar duro para chegar lá estamos evoluindo a cada dia e está sendo ótimo o momento que estamos passando.

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