A culpa é de quem?

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Uma das coisas boas com o boom da música eletrônica foi ver o surgimento de novos artistas. Sabemos que a grande maioria resolveu entrar neste cenário simplesmente pelo status de ser DJ mas, acreditem, também existe aquela parcela que tem a música eletrônica no sangue. Mas já repararam que mesmo com o número de artistas aumentando a cada dia como os lines de festas, clubs e festivais se tornaram cada vez mais repetitivos?

Toda vez que uma festa começa a divulgar seu lineup surgem os mesmos pedidos nos comentários, já os clubs, por sua vez, trazem o mesmo headliner duas ou até mesmo três vezes no mesmo ano.

Com tantos ótimos artistas pelo Brasil e pelo mundo de quem é a culpa de sempre vermos os mesmos nomes nas festas? Acredito que todos nós temos uma parcela de culpa, do público aos organizadores, da agência à mídia e tudo isso acaba criando um circulo vicioso que cada vez mais está difícil de sair.

Sabemos que agências e produtores precisam ter lucros em seus negócios, sabemos também que os frequentadores possuem seus “ídolos” e que grande parte da mídia sempre divulgará mais sobre seu club ou artista querido. Mas já pararam para pensar em como seria se começássemos a mudar este sistema?

E quando falo em mudar o sistema digo TODO ele. O público começasse a abrir os ouvidos para outros artistas, os artistas por sua vez fugissem um pouco dos TOP10 em seus sets. Como seria se as agências parassem de “empurrar” os mesmos “medalhões” para os núcleos e os núcleos por sua vez acreditassem um pouco e investissem em novos nomes para suas festas.

Quem sabe assim todos os envolvidos ganhariam. Novos artistas apareceriam para o mercado, as agências ficariam responsáveis pelo gerenciamento de suas carreiras, as festas teriam mais e melhores opções para compor seus (ou suas para alguns) lines, e, quem sabe novos ídolos não surgiriam.

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