Hoje estou escrevendo para dar tchau para um club com o qual tenho um carinho e respeito enorme. Um lugar que me surpreendeu logo na primeira festa, que me permitiu conhecer artistas “locais” incríveis e que me mostrou que até mesmo em uma cidadezinha no “interior do interior” de SC é possível sim realizar uma boa festa de música eletrônica. Basta querer, ter amor e profissionalismo.
Conheci o Field Club em fevereiro de 2012 e nunca escondi a paixão a primeira “ida” que tive pelo club e pelo público. Durante esses quase dois anos consegui arrastar amigos que vivem no main floor e que torciam o nariz quando eu falava, com brilho nos olhos, daquele club lá em Santa Catarina onde se toca deep e tech house e, tenho certeza que 100% deles dançaram na pistinha, se apaixonaram por alguma catarinense e sentiram a mesma sensação que eu sentia.
Sim, você não leu errado. Sentia!
Atualmente o club cresceu e a sensação que tenho agora é de que outra ideologia está surgindo dentro dele. Cada vez mais o club está mais “club” e aquela energia que eu sinto indo em festivais não consigo mais encontrar dentro da pista do Field. Para alguns essa energia pode parecer besteira, afinal é só “pagar, ir, beber, ouvir música e acabou”, porém para mim essa energia é necessária.
Preciso desta conexão com o lugar, com a música e com as pessoas que estão na pista para produzir minhas fotos. Já nas últimas festas não estava mais conseguindo encontrar essa sintonia e por causa disso estou dizendo tchau como fotógrafo do club.
Quero agradecer ao Ary que, há dois anos, me convidou para conhecer o club e me deu a oportunidade de fotografar sua criação e a todos que fazem o Field ser o que ele é. Podem ter a certeza de que minha próxima ida não será como fotógrafo, mas como frequentador deste club com o qual continuo tendo um carinho muito grande.